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segunda-feira, 31 de outubro de 2022
Rio Paraguai, singelo espelho do mundo
Oh!!!!!!!!!!!!! Rio Paraguai! Oh!!!!!!!!!!!!! Rio Paraguai!
Tu és o espelho reluzente das máculas do mundo
Nos sofrimentos da humanidade ele chora a cântaros
Nas alegrias da humanidade ele esbanja sorriso exuberante!
Em todas mazelas sofridas pela humanidade por guerras,
Revoluções, regimes impostores implantados à força,
Angusturas sociais, extermínio de populações inteiras
Nessas ocasiões o rio Paraguai chorou copiosamente
Derramando lágrimas esculpidas em estiagens extremas.
Oh!!!!!!!!!!!!! Rio Paraguai! Oh!!!!!!!!!!!!! Rio Paraguai!
Tu és o espelho reluzente das máculas do mundo
Nos sofrimentos da humanidade ele chora a cântaros
Nas alegrias da humanidade ele esbanja sorriso exuberante!
Em época de bonança, desenvolvimento intelectual,
Paz social, harmonia entre as diferenças, concórdia
Por um mundo de paz, justiça e benquerença
Nessas ocasiões o rio Paraguai sorriu estridulamente
Derramando lágrimas torrenciais com chuvas abundantes.
Oh!!!!!!!!!!!!! Rio Paraguai! Oh!!!!!!!!!!!!! Rio Paraguai!
Tu és o espelho reluzente das máculas do mundo
Nos sofrimentos da humanidade ele chora a cântaros
Nas alegrias da humanidade ele esbanja sorriso exuberante!
Coincidência ou não, nas décadas de dez, trinta, quarenta, sessenta
E setenta do século passado e nos anos vinte um e vinte e dois do
Século atual enquanto a humanidade sofria inúmeras mazelas
E desmandos dos poderosos mundo afora, o rio Paraguai espalhou
Estiagens sem precedentes nos registros históricos ao longo de seu curso.
Oh!!!!!!!!!!!!! Rio Paraguai! Oh!!!!!!!!!!!!! Rio Paraguai!
Tu és o espelho reluzente das máculas do mundo
Nos sofrimentos da humanidade ele chora a cântaros
Nas alegrias da humanidade ele esbanja sorriso exuberante!
Coincidência ou não, nas décadas de mil e novecentos, vinte,
Oitenta e noventa do século passado enquanto a humanidade
Vivia dias de reluzente paz fulgurante e novas trilhas pujantes
Se abriam para os povos outrora humilhados, o rio Paraguai
Extravasou enchentes que renasceu por anos o sonho do Mar de Xaraés!
Oh!!!!!!!!!!!!! Rio Paraguai! Oh!!!!!!!!!!!!! Rio Paraguai!
Tu és o espelho reluzente das máculas do mundo
Nos sofrimentos da humanidade ele chora a cântaros
Nas alegrias da humanidade ele esbanja sorriso exuberante!
A incrível história da humanidade contada através das cheias e secas extremas pelo rio Paraguai
Os céticos que não acreditam na magnanimidade da Mãe Natureza terão uma enorme surpresa ao se deparar com os dados históricos registrados do nível das águas do rio Paraguai, os quais são coletados diariamente pela Marinha do Brasil na Régua Fluviométrica localizada na cidade de Ladário/MS, à margem esquerda do rio Paraguai, na região do Pantanal sul-mato-grossense, no interior da América do Sul, próximo à divisa com a Bolívia.
Observando as leituras dos levantamentos da Régua Fluviométrica, em tela, efetuadas nos últimos 120 anos, para a mencionada localidade, verifica-se que os períodos de observação das grandes estiagens ou secas (baixos níveis das águas) do rio Paraguai coincidem com os períodos de grandes convulsões sociais e sofrimentos vivenciados por parcela significativa da humanidade, afetando em especial, os pobres e as minorias, dispersos mundo a fora.
Da mesma forma, também os períodos das grandes enchentes ou cheias (altos níveis das águas) do rio Paraguai coincidem com os períodos em que grande parcela da humanidade não padecia de grandes sofrimentos, como guerras, revoltas, períodos de governos ditatoriais ou intervenção estrangeira, ou ainda, doenças em grande escala, como pandemias, por exemplo.
Desde o ano de 1900 são registradas diariamente as leituras do nível das águas do rio Paraguai no município de Ladário/MS, pelas observações coletadas na Régua Fluviométrica instalada à margem esquerda do rio, na Base Fluvial do Comando do 6° Distrito Naval da Marinha do Brasil.
Piores estiagens ou secas verificadas em Ladário/MS
Durante os 120 anos de observação do nível das águas do rio Paraguai coletados diuturnamente pela Marinha do Brasil através de leitura da Régua Fluviométrica de Ladário/MS apresentam registros de dezessete secas ou estiagens, com a leitura da Régua indicando valores iguais ou inferiores a marca “zero” lida na Régua em estudo. Diante disso consideraremos essas estiagens ou secas as mais extremas ou severas verificadas na localidade em questão.
O ano que registra a menor leitura, ou seja, a maior seca ou estiagem registrada para a Régua Fluviométrica instalada em Ladário é o ano de 1964. A marca registrada é de menos 61 cm, no mês de setembro. Nesse ano foi implantada à força a Ditadura Militar no Brasil através de um Golpe de Estado, financiado pelos Estados Unidos, e apoiado pelos setores da extrema direita brasileira com a cumplicidade dos militares. Regime esse de terror que fora implantado para combater o fantasma do comunismo através de perseguição a estudantes, professores, profissionais liberais, compositores, cantores, em fim, perseguição à classe pensante brasileira.
O resultado do Golpe de Estado de 1964 que findou em 1985 é objeto de estudos em que uns poucos elementos da sociedade foram privilegiados, em especial, os militares e os políticos apaniguados a eles, em detrimento da imensa maioria da população, que permaneceu marginalizada de eventuais ganhos ou garantias de melhorias em saúde, educação, segurança ou qualidade de vida para o trabalhador. Naquela época tudo era proibido. Desde reunir, discordar, informar. A censura era a alma do governo, a qual imperou nessa época negra da história brasileira.
Coincidência ou não, o rio Paraguai naquele período de 21 anos de autoritarismo também chorou a morte, tortura, desaparecimento e exílio forçado de inúmeros brasileiros, além da expulsão de estrangeiros que não compactuavam com o regime. Um exemplo clássico é o padre italiano Vito Maracapillo expulso do país em 30/10/1980, porque argumentou, em carta, que não havia independência para um “povo reduzido a condição de pedinte e desamparado em seus direitos”.
O ano de 2021 apresenta o registro de menos 60 cm para a leitura da Régua Fluviométrica da Marinha do Brasil para a localidade de Ladário/MS no mês de outubro. Essa marca indica ser o ano de 2021 o ocupante da segunda posição do ranking da seca ou estiagem mais severa registrada para a Régua Fluviométrica em estudos. Coincidência ou não, vivemos um período com um governo que prega o negacionismo, não ouve o clamor da ciência, nega o aquecimento global, persegue opositores e cientistas, e o país celebra 603.324 mortos por conta da pandemia do covid-19 que não é lavada a sério, nem tratada com o devido respeito pelo governo federal, em especial o Ministério da Saúde. Ademais, nesse mesmo ano o Congresso Nacional cria o Orçamento Secreto e inúmeros penduricalhos destruindo o estado democrático de direito no Brasil, em todos os ramos, seja social, ambiental, etc.
No ano de 1971, em plena convulsão no Brasil, com a polícia política à caça de estudantes à bala, o rio Paraguai chegou a menos de 57 cm, no mês de setembro, sendo essa marca a terceira do ranking da seca ou estiagem mais severa indicada nos registros, inclusive é indicado que no mês de janeiro daquele ano atípico houve o registro negativo da altura da Régua Fluviométrica de Ladário. Um fato inédito, jamais ocorrido em outras épocas desde a instalação da mesma quando teve o início os registros dos níveis do rio Paraguai no ano de 1900 naquela instalação militar da Marinha do Brasil.
Em 1967 foram registrados menos 53 cm da Régua Fluviométrica de Ladário, no mês de outubro, sendo essa a quarta seca ou estiagem mais severa indicada pela Régua Fluviométrica em estudo. Repetia pari passu o cenário do ano anterior mundo afora, assim como no solo pátrio.
No ano de 1969 a marca da Régua Fluviométrica de Ladário registrou menos 53 cm, no mês de setembro, ocupando conjuntamente com o ano de 1967 a quarta posição da pior seca ou estiagem mais proeminente. Coincidência ou não, a Guerra do Vietnã continuava, as guerras coloniais no continente africano idem, bem como o regime do apartheid na África do Sul, Golpe de Estado na Líbia por Muammar al-Gaddafi, regimes de exceção, senão ditatoriais, em diversos países sul americanos, a posse do General Emílio Garrastazu Médici como presidente do Brasil, e início da luta armada no Brasil contra a Ditadura Militar empreendida por abnegados patriotas contra o regime vigente à época.
No ano de 1910 houve a Revolta da Chibata no Rio de Janeiro sob a liderança do marinheiro João Cândido, no mês de outubro, coincidência ou não, o rio Paraguai registrou em Ladário menos 48 cm, sendo essa a sexta maior seca ou estiagem registrada para a localidade objeto desse estudo. Naquele ano a República era implantada em Portugal. Inicia-se a Revolução Mexicana contra o ditador Porfírio Diaz que se exila no Paraguai.
No ano de 1944 a Régua Fluviométrica de Ladário às margens do rio Paraguai registrava menos 34 cm, no mês de outubro, indicativo da sétima seca ou estiagem mais severa mostrada no ranking para a mencionada localidade, e a Segunda Guerra Mundial prosseguia, com a União Soviética libertando Leningrado do cerco alemão que perdurou durante 900 dias, Londres sofreu o primeiro bombardeio do temível míssil V-2 alemão, na costa da Normandia Francesa houve o desembarque das tropas aliadas nas praias no celebrado Dia “D”, criando as condições para a derrota dos alemães e seus satélites.
Tal fato ocorreu por um motivo muito simples. Desde 1942 o avanço das tropas do Eixo não alavancou um milímetro sequer à frente, em nenhuma frente de batalha, e a vitória dos Exércitos Soviéticos ameaçava a implantação do comunismo em toda a Europa Ocidental. Prova disso, é que a frente russa desde os Balcãs até a Polônia ia esmagando todas as resistências nazistas e de seus fantoches aliados que encontravam pela frente. Se os ingleses e americanos, com a ajuda das forças militares das ex-colônias inglesas e dos exilados franceses, não entrassem na Europa, o Exército Vermelho teria esmagado a resistência de alemães, italianos, romenos, gregos, franquistas e salazaristas promovendo a limpeza da Europa de todos os governos alinhados ideologicamente aos interesses financistas globais. E o rio Paraguai, coincidência ou não, chorava o perecimento de 73.000.000 de pessoas, entre mortos, feridos ou desaparecidos, civis ou militares, os primeiros em sua absoluta maioria.
O ano de 2020 apresenta o registro de menos 32 cm para a leitura da Régua Fluviométrica da Marinha do Brasil para a localidade de Ladário/MS no mês de outubro. Essa marca indica ser o ano de 2020 o ocupante da oitava posição do ranking da seca ou estiagem mais severa registrada para a Régua Fluviométrica em estudos. Coincidência ou não, vivemos um período com um governo que prega o negacionismo, não ouve o clamor da ciência, nega o aquecimento global, persegue opositores e cientistas, e o país celebra 180.000 mortos por conta da pandemia do covid-19 que não é lavada a sério, nem tratada com o devido respeito pelo governo federal, em especial o Ministério da Saúde. Ademais, nesse ano foram extintas as Administrações Hidroviárias que zelavam pela manutenção da navegabilidade das hidrovias brasileiras.
Outro ano da década de dez do século XX foi o ano de 1915, que registrou menos 31 cm, no mês de outubro, na Régua Fluviométrica de Ladário, ocupando a nova posição do ranking da seca ou estiagem mais severa indicada pelos registros da Marinha do Brasil. Em plena Primeira Guerra Mundial, sendo registrado naquela ocasião, pela primeira vez na história dos confrontos militares, o uso de gás mortal por tropas alemãs contra seus inimigos numa batalha em abril de 1915 na Bélgica, segundo apontam registros de historiadores do sangrento conflito bélico, como arma de destruição em massa, bem como o início do extermínio de armênios pela Turquia. Segundo inúmeros relatos seriam entre 1.500.000 a 2.000.000 o número de armênios mortos ou desaparecidos naquele período da história. Na Primeira Guerra Mundial pereceram mais de 30.000.000 de pessoas, entre mortos, feridos ou desaparecidos, contando as vítimas civis e militares. E o rio Paraguai derramou lágrimas por causa de tanto sofrimentos ocorridos naquela Guerra Mundial, que culminaria três anos depois, em 1918, com a Pandemia da Gripe Espanhola, na verdade Gripe Americana, a qual fora identificada em tropas americanas no Kansas, em março de daquele ano, no Acampamento de treinamento do Exército Americano de Funston.
No ano de 1938 a Régua Fluviométrica de Ladário registrou menos 27 cm, no mês de outubro, sendo essa a posição décima do ranking da seca ou estiagem mais severa registrada para a localidade em epígrafe, enquanto a Alemanha nazista anexava a Áustria, o Brasil adquiria material bélico alemão das indústrias Krupp, os nazistas na Alemanha determinavam a ocupação das propriedades de judeus após a expulsão dos mesmos de suas casas na Alemanha hitlerista.
No ano de 1939, no mês de outubro, enquanto o nível das águas do rio Paraguai na localidade de Ladário registrava menos 21 cm na Régua Fluviométrica da Marinha do Brasil, ocupando a décima primeira posição do ranking da seca ou estiagem mais severa, a Alemanha nazista invadia a Checoslováquia, a Guerra Civil Espanhola chegava ao fim com a implantação da Ditadura Franquista que perduraria por mais de três décadas, só terminando no ano de 1973, coincidência ou não, naquele ano ocorria a última grande seca verificada no rio Paraguai no século XX. Convém recordar que o ano de 1939 registra a invasão da Polônia pela Alemanha nazista, dando o pontapé inicial para a Segunda Guerra Mundial, onde os Estados Unidos da América se “declaram neutros”, se abstendo de combater tanto o nazismo, quanto ao fascismo, que eles às escondidas apoiavam, tanto política quanto economicamente, tirando vultosos proveitos financeiros da situação em que se encontrava a população europeia e asiática.
O ano de 1968 registrou a marca de menos 21 cm, no mês de outubro, a estiagem ou seca que ocupa a décima segunda posição no ranking dos registros históricos da localidade em epígrafe. Coincidência ou não, naquele ano iniciou e findou a Primavera de Praga, houve a matança de civis vietnamitas no evento conhecido como massacre de My Lay por tropas americanas no Vietnã, na França o movimento estudantil irrompeu em maio contra o governo conservador de Charles de Gaulle, inúmeras manifestações pacíficas de multidões contra a Guerra do Vietnã era a tônica no mundo afora naquele ano, no Brasil registrou-se a sexta-feira sangrenta no Rio de Janeiro onde a Polícia Militar perseguiu estudantes, no México houve o massacre de Tlatelolco na capital mexicana 10 dias antes do início dos Jogos Olímpicos de 1968, o Golpe Militar perpetrado no Peru, prisão pela PM de mais de 700 líderes estudantis no 30° Congresso da UNE no Brasil, além da implantação pela Ditadura Militar brasileira do famigerado AI-5, o qual viria a ser revogado em 1978, pelo General Ernesto Geisel, através da Emenda Constitucional n° 11. A ofensiva do Tet pelos vietcongues naquele ano foi o evento que viria a mudar os rumos da Guerra do Vietnã com a completa derrocada americana em 1975, levando a libertação do jugo colonial o povo vietnamita, após mais de 20 de combates, ora contra franceses e depois americanos e o sacrifício de mais de 5.000.000 de pessoas mortas, feridas ou desaparecidas, entre civis, principalmente, e militares.
Nem 1970 escapou de ter um registro irônico, enquanto o Brasil conquistava o tricampeonato mundial de futebol no México, e o povo seguia o refrão do regime: “Brasil: Ame-o ou Deixe-o!”, em pleno AI-5, a Régua Fluviométrica de Ladário registrava a marca de menos 19 cm, no mês de dezembro, sendo essa a décima terceira seca ou estiagem mais severa registrada pelos anais da Marinha do Brasil para a localidade em questão. Coincidência ou não, seguiam basicamente os mesmos conflitos vivenciados pela humanidade descritos para o ano de 1969.
No ano de 1948 registrou a Régua Fluviométrica de Ladário o nível de menos 18 cm, no mês de outubro, ocupando a posição décima quarta do ranking da seca ou estiagem mais severa indicada pelos registros coletados pela Marinha do Brasil para a localidade. O rio Paraguai já chorava pelo iminente perigo da corrida armamentista com o lançamento de ogivas nucleares, como as bombas atômicas lançadas pelos EUA sobre as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasalki, no mês de agosto do ano de 1945, para acelerar a capitulação nipônica, com o intuito de frear o iminente ataque do Exército Soviético, que mobilizava enormes contingentes de armas e homens na frente oriental para combater o Japão. Naquele ano de 1948, para surpresa dos americanos, os soviéticos estavam nos preparativos finais para o teste da bomba de Plutônio, conhecida no ocidente como “Joe 1”, a qual foi testada em 29 de agosto de 1949, nas estepes remotas do Casaquistão, bomba essa muitas vezes mais potente que as bombas lançadas sobre o Japão pelos EUA três anos antes.
O ano de 1936 registra a Aliança entre a Alemanha de Hitler e a Itália de Mussolini, a anexação da Renânia pela Alemanha, a assinatura do Pacto Anticomintern entre o Japão e a Alemanha, o início da Guerra Civil Espanhola, com a Alemanha e a Itália ajudando Franco na Espanha, e no Brasil a implantação do Estado Novo, após a denominada Intentona Comunista e a caça aos seus integrantes. E o rio Paraguai chorou copiosas lágrimas registrando menos treze centímetros, no mês de outubro, que o coloca na décima quinta posição do ranking da seca ou estiagem mais severa registrada para a Régua Fluviométrica de Ladário, no ano da deportação de Olga Gutmann Benário Prestes pelo governo de Getúlio Vargas para a Alemanha nazista, para ser executada em uma câmera de gás com mais 199 prisioneiras, no ano de 1942, com 34 anos de idade no campo de extermínio de Bernbung na Alemanha.
Prosseguindo em nossa análise, no ano de 1966 foi registrada a marca de menos 4 cm, no mês de outubro, a décima sexta seca ou estiagem mais severa registrada pela Marinha do Brasil para a Régua Fluviométrica de Ladário. Coincidência ou não, a Ditadura Militar brasileira fechava o Congresso Nacional através de ato do Marechal Castelo Branco, na Argentina era implantado a Ditadura através de Golpe Militar, sem contar a Guerra do Vietnã, tampouco a Revolução Cultura na China e a inúmeras guerras de libertação coloniais em curso na África, exemplos típicos de Moçambique e Angola, por exemplo, afora o regime do apartheid em curso na África do Sul que mantinha Mandela preso desde 1962.
O ano de 1973 também registrou menos 2 cm na leitura da Régua Fluviométrica da Marinha do Brasil para a cidade de Ladário, no mês de outubro, onde indica ser essa a décima sétima seca ou estiagem mais severa registrada para a localidade em estudos. Nesse fatídico ano ocorre a Guerra do Yom Kippur entre Israel e Egito, a Ditadura de Pinochet é implantada no Chile com inúmeros mortos e desaparecidos, os Estados Unidos deixaram de fornecer ajuda militar às claras ao Vietnã do Sul, depois do acordo de Paris, o que ajudaria a encerrar a Guerra do Vietnã dois anos depois em 30/04/1975, com a tomada de Saigon pelas tropas norte-vietnamitas, teve início naquele ano a Ditadura Uruguaia, bem como a matança de estudantes pela Ditadura Grega.
O ano de 1941 registra a cota “zero” na Régua Fluviométrica de Ladário, no mês de outubro, ocupando a décima oitava posição do ranking da seca ou estiagem mais severa. Coincidência ou não, enquanto o rio Paraguai chorava, a Segunda Guerra Mundial corria às soltas com a Alemanha ocupando grande parte do solo europeu, afora seus satélites: Portugal, Espanha, Itália, para citar alguns, só que eles não esperavam que naquele final de ano teria início a terrível contra-ofensiva do Exército Vermelho da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) contra os exércitos do Eixo, em todas a frente russa, além da insensatez e estupidez de guerra nipônica de bombardear a Base Naval americana de Pearl Harbor no Havaí, dando início a entrada dos EUA na Segunda Guerra Mundial contra o Eixo.
Coincidência ou não, no ano de 1974 assumiu a presidência do Brasil o General Ernesto Geisel e iniciou a abertura política. De fato amenizou a repressão escancarada à oposição, o que encontrou feroz resistência entre os militares chamados linha-dura.
Coincidência ou não, durante 47 anos o rio Paraguai não observou níveis tão baixos das suas águas entre os anos de 1973 e 2020. Porventura, nesse período tivemos as sete maiores enchentes ou cheias em 120 anos de levantamentos, contra apenas cinco nos restantes 73 anos de dados levantados pela Marinha do Brasil.
Coincidência ou não, o rio Paraguai nos momentos cruciais vivenciados pela história contada pela humanidade sempre chora copiosas lágrimas, demonstradas através das secas históricas registradas pela Régua Fluviométrica de Ladário, enquanto o povo sofre com a fome, miséria, mortes e desaparecimentos de entes queridos.
Durante os 120 anos de observação do nível das águas do rio Paraguai coletados diuturnamente pela Marinha do Brasil através de leitura da Régua Fluviométrica de Ladário/MS apresentam registros de dezessete secas ou estiagens, com a leitura da Régua indicando valores iguais ou inferiores a marca “zero” lida na Régua em estudo. Diante disso consideraremos essas estiagens ou secas as mais extremas ou severas verificadas na localidade em questão.
O ano que registra a menor leitura, ou seja, a maior seca ou estiagem registrada para a Régua Fluviométrica instalada em Ladário é o ano de 1964. A marca registrada é de menos 61 cm, no mês de setembro. Nesse ano foi implantada à força a Ditadura Militar no Brasil através de um Golpe de Estado, financiado pelos Estados Unidos, e apoiado pelos setores da extrema direita brasileira com a cumplicidade dos militares. Regime esse de terror que fora implantado para combater o fantasma do comunismo através de perseguição a estudantes, professores, profissionais liberais, compositores, cantores, em fim, perseguição à classe pensante brasileira.
O resultado do Golpe de Estado de 1964 que findou em 1985 é objeto de estudos em que uns poucos elementos da sociedade foram privilegiados, em especial, os militares e os políticos apaniguados a eles, em detrimento da imensa maioria da população, que permaneceu marginalizada de eventuais ganhos ou garantias de melhorias em saúde, educação, segurança ou qualidade de vida para o trabalhador. Naquela época tudo era proibido. Desde reunir, discordar, informar. A censura era a alma do governo, a qual imperou nessa época negra da história brasileira.
Coincidência ou não, o rio Paraguai naquele período de 21 anos de autoritarismo também chorou a morte, tortura, desaparecimento e exílio forçado de inúmeros brasileiros, além da expulsão de estrangeiros que não compactuavam com o regime. Um exemplo clássico é o padre italiano Vito Maracapillo expulso do país em 30/10/1980, porque argumentou, em carta, que não havia independência para um “povo reduzido a condição de pedinte e desamparado em seus direitos”.
O ano de 2021 apresenta o registro de menos 60 cm para a leitura da Régua Fluviométrica da Marinha do Brasil para a localidade de Ladário/MS no mês de outubro. Essa marca indica ser o ano de 2021 o ocupante da segunda posição do ranking da seca ou estiagem mais severa registrada para a Régua Fluviométrica em estudos. Coincidência ou não, vivemos um período com um governo que prega o negacionismo, não ouve o clamor da ciência, nega o aquecimento global, persegue opositores e cientistas, e o país celebra 603.324 mortos por conta da pandemia do covid-19 que não é lavada a sério, nem tratada com o devido respeito pelo governo federal, em especial o Ministério da Saúde. Ademais, nesse mesmo ano o Congresso Nacional cria o Orçamento Secreto e inúmeros penduricalhos destruindo o estado democrático de direito no Brasil, em todos os ramos, seja social, ambiental, etc.
No ano de 1971, em plena convulsão no Brasil, com a polícia política à caça de estudantes à bala, o rio Paraguai chegou a menos de 57 cm, no mês de setembro, sendo essa marca a terceira do ranking da seca ou estiagem mais severa indicada nos registros, inclusive é indicado que no mês de janeiro daquele ano atípico houve o registro negativo da altura da Régua Fluviométrica de Ladário. Um fato inédito, jamais ocorrido em outras épocas desde a instalação da mesma quando teve o início os registros dos níveis do rio Paraguai no ano de 1900 naquela instalação militar da Marinha do Brasil.
Em 1967 foram registrados menos 53 cm da Régua Fluviométrica de Ladário, no mês de outubro, sendo essa a quarta seca ou estiagem mais severa indicada pela Régua Fluviométrica em estudo. Repetia pari passu o cenário do ano anterior mundo afora, assim como no solo pátrio.
No ano de 1969 a marca da Régua Fluviométrica de Ladário registrou menos 53 cm, no mês de setembro, ocupando conjuntamente com o ano de 1967 a quarta posição da pior seca ou estiagem mais proeminente. Coincidência ou não, a Guerra do Vietnã continuava, as guerras coloniais no continente africano idem, bem como o regime do apartheid na África do Sul, Golpe de Estado na Líbia por Muammar al-Gaddafi, regimes de exceção, senão ditatoriais, em diversos países sul americanos, a posse do General Emílio Garrastazu Médici como presidente do Brasil, e início da luta armada no Brasil contra a Ditadura Militar empreendida por abnegados patriotas contra o regime vigente à época.
No ano de 1910 houve a Revolta da Chibata no Rio de Janeiro sob a liderança do marinheiro João Cândido, no mês de outubro, coincidência ou não, o rio Paraguai registrou em Ladário menos 48 cm, sendo essa a sexta maior seca ou estiagem registrada para a localidade objeto desse estudo. Naquele ano a República era implantada em Portugal. Inicia-se a Revolução Mexicana contra o ditador Porfírio Diaz que se exila no Paraguai.
No ano de 1944 a Régua Fluviométrica de Ladário às margens do rio Paraguai registrava menos 34 cm, no mês de outubro, indicativo da sétima seca ou estiagem mais severa mostrada no ranking para a mencionada localidade, e a Segunda Guerra Mundial prosseguia, com a União Soviética libertando Leningrado do cerco alemão que perdurou durante 900 dias, Londres sofreu o primeiro bombardeio do temível míssil V-2 alemão, na costa da Normandia Francesa houve o desembarque das tropas aliadas nas praias no celebrado Dia “D”, criando as condições para a derrota dos alemães e seus satélites.
Tal fato ocorreu por um motivo muito simples. Desde 1942 o avanço das tropas do Eixo não alavancou um milímetro sequer à frente, em nenhuma frente de batalha, e a vitória dos Exércitos Soviéticos ameaçava a implantação do comunismo em toda a Europa Ocidental. Prova disso, é que a frente russa desde os Balcãs até a Polônia ia esmagando todas as resistências nazistas e de seus fantoches aliados que encontravam pela frente. Se os ingleses e americanos, com a ajuda das forças militares das ex-colônias inglesas e dos exilados franceses, não entrassem na Europa, o Exército Vermelho teria esmagado a resistência de alemães, italianos, romenos, gregos, franquistas e salazaristas promovendo a limpeza da Europa de todos os governos alinhados ideologicamente aos interesses financistas globais. E o rio Paraguai, coincidência ou não, chorava o perecimento de 73.000.000 de pessoas, entre mortos, feridos ou desaparecidos, civis ou militares, os primeiros em sua absoluta maioria.
O ano de 2020 apresenta o registro de menos 32 cm para a leitura da Régua Fluviométrica da Marinha do Brasil para a localidade de Ladário/MS no mês de outubro. Essa marca indica ser o ano de 2020 o ocupante da oitava posição do ranking da seca ou estiagem mais severa registrada para a Régua Fluviométrica em estudos. Coincidência ou não, vivemos um período com um governo que prega o negacionismo, não ouve o clamor da ciência, nega o aquecimento global, persegue opositores e cientistas, e o país celebra 180.000 mortos por conta da pandemia do covid-19 que não é lavada a sério, nem tratada com o devido respeito pelo governo federal, em especial o Ministério da Saúde. Ademais, nesse ano foram extintas as Administrações Hidroviárias que zelavam pela manutenção da navegabilidade das hidrovias brasileiras.
Outro ano da década de dez do século XX foi o ano de 1915, que registrou menos 31 cm, no mês de outubro, na Régua Fluviométrica de Ladário, ocupando a nova posição do ranking da seca ou estiagem mais severa indicada pelos registros da Marinha do Brasil. Em plena Primeira Guerra Mundial, sendo registrado naquela ocasião, pela primeira vez na história dos confrontos militares, o uso de gás mortal por tropas alemãs contra seus inimigos numa batalha em abril de 1915 na Bélgica, segundo apontam registros de historiadores do sangrento conflito bélico, como arma de destruição em massa, bem como o início do extermínio de armênios pela Turquia. Segundo inúmeros relatos seriam entre 1.500.000 a 2.000.000 o número de armênios mortos ou desaparecidos naquele período da história. Na Primeira Guerra Mundial pereceram mais de 30.000.000 de pessoas, entre mortos, feridos ou desaparecidos, contando as vítimas civis e militares. E o rio Paraguai derramou lágrimas por causa de tanto sofrimentos ocorridos naquela Guerra Mundial, que culminaria três anos depois, em 1918, com a Pandemia da Gripe Espanhola, na verdade Gripe Americana, a qual fora identificada em tropas americanas no Kansas, em março de daquele ano, no Acampamento de treinamento do Exército Americano de Funston.
No ano de 1938 a Régua Fluviométrica de Ladário registrou menos 27 cm, no mês de outubro, sendo essa a posição décima do ranking da seca ou estiagem mais severa registrada para a localidade em epígrafe, enquanto a Alemanha nazista anexava a Áustria, o Brasil adquiria material bélico alemão das indústrias Krupp, os nazistas na Alemanha determinavam a ocupação das propriedades de judeus após a expulsão dos mesmos de suas casas na Alemanha hitlerista.
No ano de 1939, no mês de outubro, enquanto o nível das águas do rio Paraguai na localidade de Ladário registrava menos 21 cm na Régua Fluviométrica da Marinha do Brasil, ocupando a décima primeira posição do ranking da seca ou estiagem mais severa, a Alemanha nazista invadia a Checoslováquia, a Guerra Civil Espanhola chegava ao fim com a implantação da Ditadura Franquista que perduraria por mais de três décadas, só terminando no ano de 1973, coincidência ou não, naquele ano ocorria a última grande seca verificada no rio Paraguai no século XX. Convém recordar que o ano de 1939 registra a invasão da Polônia pela Alemanha nazista, dando o pontapé inicial para a Segunda Guerra Mundial, onde os Estados Unidos da América se “declaram neutros”, se abstendo de combater tanto o nazismo, quanto ao fascismo, que eles às escondidas apoiavam, tanto política quanto economicamente, tirando vultosos proveitos financeiros da situação em que se encontrava a população europeia e asiática.
O ano de 1968 registrou a marca de menos 21 cm, no mês de outubro, a estiagem ou seca que ocupa a décima segunda posição no ranking dos registros históricos da localidade em epígrafe. Coincidência ou não, naquele ano iniciou e findou a Primavera de Praga, houve a matança de civis vietnamitas no evento conhecido como massacre de My Lay por tropas americanas no Vietnã, na França o movimento estudantil irrompeu em maio contra o governo conservador de Charles de Gaulle, inúmeras manifestações pacíficas de multidões contra a Guerra do Vietnã era a tônica no mundo afora naquele ano, no Brasil registrou-se a sexta-feira sangrenta no Rio de Janeiro onde a Polícia Militar perseguiu estudantes, no México houve o massacre de Tlatelolco na capital mexicana 10 dias antes do início dos Jogos Olímpicos de 1968, o Golpe Militar perpetrado no Peru, prisão pela PM de mais de 700 líderes estudantis no 30° Congresso da UNE no Brasil, além da implantação pela Ditadura Militar brasileira do famigerado AI-5, o qual viria a ser revogado em 1978, pelo General Ernesto Geisel, através da Emenda Constitucional n° 11. A ofensiva do Tet pelos vietcongues naquele ano foi o evento que viria a mudar os rumos da Guerra do Vietnã com a completa derrocada americana em 1975, levando a libertação do jugo colonial o povo vietnamita, após mais de 20 de combates, ora contra franceses e depois americanos e o sacrifício de mais de 5.000.000 de pessoas mortas, feridas ou desaparecidas, entre civis, principalmente, e militares.
Nem 1970 escapou de ter um registro irônico, enquanto o Brasil conquistava o tricampeonato mundial de futebol no México, e o povo seguia o refrão do regime: “Brasil: Ame-o ou Deixe-o!”, em pleno AI-5, a Régua Fluviométrica de Ladário registrava a marca de menos 19 cm, no mês de dezembro, sendo essa a décima terceira seca ou estiagem mais severa registrada pelos anais da Marinha do Brasil para a localidade em questão. Coincidência ou não, seguiam basicamente os mesmos conflitos vivenciados pela humanidade descritos para o ano de 1969.
No ano de 1948 registrou a Régua Fluviométrica de Ladário o nível de menos 18 cm, no mês de outubro, ocupando a posição décima quarta do ranking da seca ou estiagem mais severa indicada pelos registros coletados pela Marinha do Brasil para a localidade. O rio Paraguai já chorava pelo iminente perigo da corrida armamentista com o lançamento de ogivas nucleares, como as bombas atômicas lançadas pelos EUA sobre as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasalki, no mês de agosto do ano de 1945, para acelerar a capitulação nipônica, com o intuito de frear o iminente ataque do Exército Soviético, que mobilizava enormes contingentes de armas e homens na frente oriental para combater o Japão. Naquele ano de 1948, para surpresa dos americanos, os soviéticos estavam nos preparativos finais para o teste da bomba de Plutônio, conhecida no ocidente como “Joe 1”, a qual foi testada em 29 de agosto de 1949, nas estepes remotas do Casaquistão, bomba essa muitas vezes mais potente que as bombas lançadas sobre o Japão pelos EUA três anos antes.
O ano de 1936 registra a Aliança entre a Alemanha de Hitler e a Itália de Mussolini, a anexação da Renânia pela Alemanha, a assinatura do Pacto Anticomintern entre o Japão e a Alemanha, o início da Guerra Civil Espanhola, com a Alemanha e a Itália ajudando Franco na Espanha, e no Brasil a implantação do Estado Novo, após a denominada Intentona Comunista e a caça aos seus integrantes. E o rio Paraguai chorou copiosas lágrimas registrando menos treze centímetros, no mês de outubro, que o coloca na décima quinta posição do ranking da seca ou estiagem mais severa registrada para a Régua Fluviométrica de Ladário, no ano da deportação de Olga Gutmann Benário Prestes pelo governo de Getúlio Vargas para a Alemanha nazista, para ser executada em uma câmera de gás com mais 199 prisioneiras, no ano de 1942, com 34 anos de idade no campo de extermínio de Bernbung na Alemanha.
Prosseguindo em nossa análise, no ano de 1966 foi registrada a marca de menos 4 cm, no mês de outubro, a décima sexta seca ou estiagem mais severa registrada pela Marinha do Brasil para a Régua Fluviométrica de Ladário. Coincidência ou não, a Ditadura Militar brasileira fechava o Congresso Nacional através de ato do Marechal Castelo Branco, na Argentina era implantado a Ditadura através de Golpe Militar, sem contar a Guerra do Vietnã, tampouco a Revolução Cultura na China e a inúmeras guerras de libertação coloniais em curso na África, exemplos típicos de Moçambique e Angola, por exemplo, afora o regime do apartheid em curso na África do Sul que mantinha Mandela preso desde 1962.
O ano de 1973 também registrou menos 2 cm na leitura da Régua Fluviométrica da Marinha do Brasil para a cidade de Ladário, no mês de outubro, onde indica ser essa a décima sétima seca ou estiagem mais severa registrada para a localidade em estudos. Nesse fatídico ano ocorre a Guerra do Yom Kippur entre Israel e Egito, a Ditadura de Pinochet é implantada no Chile com inúmeros mortos e desaparecidos, os Estados Unidos deixaram de fornecer ajuda militar às claras ao Vietnã do Sul, depois do acordo de Paris, o que ajudaria a encerrar a Guerra do Vietnã dois anos depois em 30/04/1975, com a tomada de Saigon pelas tropas norte-vietnamitas, teve início naquele ano a Ditadura Uruguaia, bem como a matança de estudantes pela Ditadura Grega.
O ano de 1941 registra a cota “zero” na Régua Fluviométrica de Ladário, no mês de outubro, ocupando a décima oitava posição do ranking da seca ou estiagem mais severa. Coincidência ou não, enquanto o rio Paraguai chorava, a Segunda Guerra Mundial corria às soltas com a Alemanha ocupando grande parte do solo europeu, afora seus satélites: Portugal, Espanha, Itália, para citar alguns, só que eles não esperavam que naquele final de ano teria início a terrível contra-ofensiva do Exército Vermelho da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) contra os exércitos do Eixo, em todas a frente russa, além da insensatez e estupidez de guerra nipônica de bombardear a Base Naval americana de Pearl Harbor no Havaí, dando início a entrada dos EUA na Segunda Guerra Mundial contra o Eixo.
Coincidência ou não, no ano de 1974 assumiu a presidência do Brasil o General Ernesto Geisel e iniciou a abertura política. De fato amenizou a repressão escancarada à oposição, o que encontrou feroz resistência entre os militares chamados linha-dura.
Coincidência ou não, durante 47 anos o rio Paraguai não observou níveis tão baixos das suas águas entre os anos de 1973 e 2020. Porventura, nesse período tivemos as sete maiores enchentes ou cheias em 120 anos de levantamentos, contra apenas cinco nos restantes 73 anos de dados levantados pela Marinha do Brasil.
Coincidência ou não, o rio Paraguai nos momentos cruciais vivenciados pela história contada pela humanidade sempre chora copiosas lágrimas, demonstradas através das secas históricas registradas pela Régua Fluviométrica de Ladário, enquanto o povo sofre com a fome, miséria, mortes e desaparecimentos de entes queridos.
"Maiores enchentes registradas em Ladário/MS
Coincidência ou não, como dito anteriormente, durante quase meio século o rio Paraguai não observou níveis tão baixos de suas águas (estiagens ou secas) entre os anos de 1973 e 2020. Ademais, nesse período tivemos as sete maiores enchentes ou cheias (níveis mais altos observados nas águas) em 120 anos de registros, contra apenas cinco nos restantes mais de 70 anos de dados levantados pela Marinha do Brasil para a Régua Fluviométrica da cidade de Ladário.
A maior de todas as enchentes ou cheias verificou no ano de 1988, no mês de abril, com o registro de 664 cm da mencionada Régua. Veio comemorar junto a população brasileira a promulgação da Constituição de 1988 enterrando o arcabouço ditatorial inaugurado em 1964. Deu início naquele ano a formação do bloco sul americano do Mercado Comum do Sul (Mercosul).
A segunda maior de todas as enchentes ou cheias registradas tinha sido verificada no ano de 1905, no mês de maio, com o registro de 662 cm da mencionada Régua. Naquela ocasião a Noruega tornava-se independente, ocorria o motim do couraçado Potemkin em julho, em face do massacre da população russa pelas tropas imperiais no evento conhecido como Domingo Sangrento em janeiro daquele ano em São Petersburgo desencadeando daí a Revolução Russa de 1905, um ensaio para a Revolução Russa de 1917, com Einstein anunciado a Teoria da Relatividade, bem como o fim da Guerra Russo Japonesa.
A terceira maior de todas as enchentes verificou-se no ano de 1995, no mês de abril, com a marca histórica de 656 cm da Régua Fluviométrica de Ladário. Naquela ocasião tomou posse na presidência do Brasil Fernando Henrique Cardoso, que fora eleito devido ao Plano Real implantado no governo que o antecedeu, como ministro da Fazenda de Itamar Franco.
A quarta maior enchente verificou-se em 1982, no mês de abril, com o registro de 652 cm da Régua fluviométrica de Ladário. Aquele ano foi marcado como o Ano Internacional de Mobilização pelas sanções à África do Sul, pela ONU, contra o regime do apartheid vigente na nação sul-africana. No Brasil foram efetuadas as primeiras eleições para governadores após o início da abertura política com a esmagadora vitória dos opositores da ditadura.
A quinta maior de todas as enchentes registradas ocorreu em 1913, no mês de abril, com a marca de 639 cm lidos na Régua Fluviométrica da Ladário. Naquele ano ocorre a prisão de Mohandas Karamchad Mahatama Ghandhi por liderar protestos de mineiros indianos que laboravam nas minas da África do Sul, sendo solto após pagar fiança, o que fez ganhar notoriedade por suas posições, como a política da desobediência civil sem o uso da violência e o jejum como forma de protesto.
A sexta maior das enchentes verificou-se em 1920, no mês de maio, com a marca de 637 cm, no ano que chegou ao fim a Revolução Mexicana, iniciada dez anos antes.
Decorreram mais de 47 anos para constatar outra grande enchente. A enchente seguinte, a sétima maior, ocorreu no ano de 1979, no mês de março, com o registro de 628 cm na Régua Fluviométrica de Ladário. Dois fatos de extrema importância aconteceram naquele ano, o restabelecimento das relações diplomáticas entre os Estados Unidos da América e a China Continental, e o início do processo de abertura política no Brasil, prenunciando o fim da Ditadura Militar, pelo General João Batista de Oliveira Figueiredo com a Lei da Anistia. Ademais, verificou o fim do regime de Pol Pot no Camboja, a fuga do Xã do Irã para o Egito,a Revolução Islâmica no Irã, o acordo de Paz entre Israel e o Egito, acordo do SALT II entre EUA e URSS, a deposição do ditador Anastasio Somoza Debayle da Nicáragua, encerrando um ciclo de ditadores de família que vinha desde 1936 e a morte de Josef Mengele, criminoso de guerra nazista alemão que a ditadura militar brasileira escondia em solo pátrio.
A oitava maior enchente foi registrada em 1980, no mês de abril, com a marca de 617 cm na Régua Fluviométrica de Ladário. Naquele ano houve a deposição do ditador ugandense Idi Amin, a morte da Besta de Sobebor (Gustav Franz Wagner), criminoso de guerra nazista, que a ditadura militar brasileira deu guarida, sendo encontrado morto em Atibaia/SP, a independência do Zimbabwe e a fundação do Partido dos Trabalhadores (PT) no Brasil.
A nona maior enchente ocorreu em maio de 1989, sendo a marca histórica registrada de 612 cm. Naquele ano houve a Queda do Muro de Berlim e o colapso da União Soviética.
No ano de 1921 temos a décima maior enchente, com o registro histórico de 607 cm, no mês de abril. Naquele ano é proclamada a República da Turquia, a Independência da Mongólia e a criação dos Partidos Comunistas Chinês e Português.
Também empatada no ranking das maiores enchentes com o ano de 1921 aparece a cheia do ano de 1985, verificada também no mesmo mês de abril. Naquela ocasião foi eleito Mikhail Gorbatchov como líder da URSS que promoveu a abertura conhecida como Glasnost, que anos depois viria a provocar o colapso da URSS e o desmembramento em vários estados independentes. Marca-se o fim da Ditadura Militar no Brasil com a eleição de Tancredo Neves para a presidência do Brasil. Também em solo pátrio aconteceram as primeiras eleições diretas para as capitais, após mais de 20 anos de regime ditatorial de exceção, com a aplicação do “voto vinculado”, onde o eleitor era obrigado a escolher candidatos de um mesmo partido, sob pena de anulação do voto.
Reserva-se para o ano de 1932 a décima segunda maior enchente, no mês de maio, com a marca de 598 cm. Naquele ano ocorre a eleição de Franklin Delano Roosevelt para a presidência dos EUA e no Brasil ocorre a Revolução Constitucionalista contra o governo central de Getúlio Vargas. O movimento conhecido como MMDC de um lado com os Estado de São Paulo, parte de Minas Gerais e Maracaju (atual Mato Grosso do Sul) e a Frente Única Gaúcha contra o governo central da República que obteve a vitória militar, mas o desfecho da Revolução Constitucionalista de 1932 foi a eleição da Assembleia Constituinte em 1933 e a promulgação da Constituição de 1934, como bem definiu o General Bertoldo Klinger, que pernoitará certa ocasião naquela época na fazenda Três Pontes do meu avô Joaquim Rezende de Menezes:
"Ao entrarmos no sólo paulista, para assumir o commando supremo, declarei que desembainhava a minha espada em continencia á Lei (...) Fomos obrigados a uma rendição incondicional, para poupar a S. Paulo, a todo o Brasil, dias mais amargos ainda. Mas fizemos triumphar a nossa idéa: a volta do paiz ao regimen constitucional. Obrigamos o governo a realiza-la. E, conseguido o nosso objectivo, podemos mais uma vez dizer que a santa guerra em que São Paulo e Matto Grosso se bateram pelo Brasil livre contra o Brasil escravisado, o vencido venceu o vencedor." (grifo e sublinhado nosso)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%A3o_Constitucionalista_de_1932.
Coincidência ou não, como dito anteriormente, durante quase meio século o rio Paraguai não observou níveis tão baixos de suas águas (estiagens ou secas) entre os anos de 1973 e 2020. Ademais, nesse período tivemos as sete maiores enchentes ou cheias (níveis mais altos observados nas águas) em 120 anos de registros, contra apenas cinco nos restantes mais de 70 anos de dados levantados pela Marinha do Brasil para a Régua Fluviométrica da cidade de Ladário.
A maior de todas as enchentes ou cheias verificou no ano de 1988, no mês de abril, com o registro de 664 cm da mencionada Régua. Veio comemorar junto a população brasileira a promulgação da Constituição de 1988 enterrando o arcabouço ditatorial inaugurado em 1964. Deu início naquele ano a formação do bloco sul americano do Mercado Comum do Sul (Mercosul).
A segunda maior de todas as enchentes ou cheias registradas tinha sido verificada no ano de 1905, no mês de maio, com o registro de 662 cm da mencionada Régua. Naquela ocasião a Noruega tornava-se independente, ocorria o motim do couraçado Potemkin em julho, em face do massacre da população russa pelas tropas imperiais no evento conhecido como Domingo Sangrento em janeiro daquele ano em São Petersburgo desencadeando daí a Revolução Russa de 1905, um ensaio para a Revolução Russa de 1917, com Einstein anunciado a Teoria da Relatividade, bem como o fim da Guerra Russo Japonesa.
A terceira maior de todas as enchentes verificou-se no ano de 1995, no mês de abril, com a marca histórica de 656 cm da Régua Fluviométrica de Ladário. Naquela ocasião tomou posse na presidência do Brasil Fernando Henrique Cardoso, que fora eleito devido ao Plano Real implantado no governo que o antecedeu, como ministro da Fazenda de Itamar Franco.
A quarta maior enchente verificou-se em 1982, no mês de abril, com o registro de 652 cm da Régua fluviométrica de Ladário. Aquele ano foi marcado como o Ano Internacional de Mobilização pelas sanções à África do Sul, pela ONU, contra o regime do apartheid vigente na nação sul-africana. No Brasil foram efetuadas as primeiras eleições para governadores após o início da abertura política com a esmagadora vitória dos opositores da ditadura.
A quinta maior de todas as enchentes registradas ocorreu em 1913, no mês de abril, com a marca de 639 cm lidos na Régua Fluviométrica da Ladário. Naquele ano ocorre a prisão de Mohandas Karamchad Mahatama Ghandhi por liderar protestos de mineiros indianos que laboravam nas minas da África do Sul, sendo solto após pagar fiança, o que fez ganhar notoriedade por suas posições, como a política da desobediência civil sem o uso da violência e o jejum como forma de protesto.
A sexta maior das enchentes verificou-se em 1920, no mês de maio, com a marca de 637 cm, no ano que chegou ao fim a Revolução Mexicana, iniciada dez anos antes.
Decorreram mais de 47 anos para constatar outra grande enchente. A enchente seguinte, a sétima maior, ocorreu no ano de 1979, no mês de março, com o registro de 628 cm na Régua Fluviométrica de Ladário. Dois fatos de extrema importância aconteceram naquele ano, o restabelecimento das relações diplomáticas entre os Estados Unidos da América e a China Continental, e o início do processo de abertura política no Brasil, prenunciando o fim da Ditadura Militar, pelo General João Batista de Oliveira Figueiredo com a Lei da Anistia. Ademais, verificou o fim do regime de Pol Pot no Camboja, a fuga do Xã do Irã para o Egito,a Revolução Islâmica no Irã, o acordo de Paz entre Israel e o Egito, acordo do SALT II entre EUA e URSS, a deposição do ditador Anastasio Somoza Debayle da Nicáragua, encerrando um ciclo de ditadores de família que vinha desde 1936 e a morte de Josef Mengele, criminoso de guerra nazista alemão que a ditadura militar brasileira escondia em solo pátrio.
A oitava maior enchente foi registrada em 1980, no mês de abril, com a marca de 617 cm na Régua Fluviométrica de Ladário. Naquele ano houve a deposição do ditador ugandense Idi Amin, a morte da Besta de Sobebor (Gustav Franz Wagner), criminoso de guerra nazista, que a ditadura militar brasileira deu guarida, sendo encontrado morto em Atibaia/SP, a independência do Zimbabwe e a fundação do Partido dos Trabalhadores (PT) no Brasil.
A nona maior enchente ocorreu em maio de 1989, sendo a marca histórica registrada de 612 cm. Naquele ano houve a Queda do Muro de Berlim e o colapso da União Soviética.
No ano de 1921 temos a décima maior enchente, com o registro histórico de 607 cm, no mês de abril. Naquele ano é proclamada a República da Turquia, a Independência da Mongólia e a criação dos Partidos Comunistas Chinês e Português.
Também empatada no ranking das maiores enchentes com o ano de 1921 aparece a cheia do ano de 1985, verificada também no mesmo mês de abril. Naquela ocasião foi eleito Mikhail Gorbatchov como líder da URSS que promoveu a abertura conhecida como Glasnost, que anos depois viria a provocar o colapso da URSS e o desmembramento em vários estados independentes. Marca-se o fim da Ditadura Militar no Brasil com a eleição de Tancredo Neves para a presidência do Brasil. Também em solo pátrio aconteceram as primeiras eleições diretas para as capitais, após mais de 20 anos de regime ditatorial de exceção, com a aplicação do “voto vinculado”, onde o eleitor era obrigado a escolher candidatos de um mesmo partido, sob pena de anulação do voto.
Reserva-se para o ano de 1932 a décima segunda maior enchente, no mês de maio, com a marca de 598 cm. Naquele ano ocorre a eleição de Franklin Delano Roosevelt para a presidência dos EUA e no Brasil ocorre a Revolução Constitucionalista contra o governo central de Getúlio Vargas. O movimento conhecido como MMDC de um lado com os Estado de São Paulo, parte de Minas Gerais e Maracaju (atual Mato Grosso do Sul) e a Frente Única Gaúcha contra o governo central da República que obteve a vitória militar, mas o desfecho da Revolução Constitucionalista de 1932 foi a eleição da Assembleia Constituinte em 1933 e a promulgação da Constituição de 1934, como bem definiu o General Bertoldo Klinger, que pernoitará certa ocasião naquela época na fazenda Três Pontes do meu avô Joaquim Rezende de Menezes:
"Ao entrarmos no sólo paulista, para assumir o commando supremo, declarei que desembainhava a minha espada em continencia á Lei (...) Fomos obrigados a uma rendição incondicional, para poupar a S. Paulo, a todo o Brasil, dias mais amargos ainda. Mas fizemos triumphar a nossa idéa: a volta do paiz ao regimen constitucional. Obrigamos o governo a realiza-la. E, conseguido o nosso objectivo, podemos mais uma vez dizer que a santa guerra em que São Paulo e Matto Grosso se bateram pelo Brasil livre contra o Brasil escravisado, o vencido venceu o vencedor." (grifo e sublinhado nosso)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%A3o_Constitucionalista_de_1932.
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